Dista cerca de 6 km da sede do concelho. Adorigo
inclui uma povoação anexa denominada
S. Martinho, que parece ler sido a sede ou o núcleo
primitivo do povoamento local.
Curiosamente, não se conhece outra localidade
no País com o mesmo nome. A origem do topónimo
é incerta, mas há quem a atribua,
embora sem grande segurança, a um patronímico.
Teria provindo do nome próprio Aldericus,
senhor ou presor, ou aquele que recebeu em partilha
esta terra conquistada aos mouros nos inícios
da Nacionalidade.
O padroado pertenceu à reitoria de Barcos
e posteriormente, ás freiras carmelitas
descalças do Coração de Jesus,
em Lisboa. A igreja velha, no local onde foi construída
a nova (inaugurada em 20 de Maio de 1984), em
betão, ruiu com o ciclone de 1940. O interior
era de talha dourada (Renascença) que transitou,
parte dela, para o novo templo, como a talha do
altar-mor, o revestimento do arco do cruzeiro
e os dois altares anexos, os dois altares laterais
da nave e o tecla apainelado da capela-mor".
Na freguesia existe ainda a Capela de S. Martinho,
no lugar do nome do santo e a capela particular,
de Nossa Senhora de Monserrate, moderna. Um capataz
das minas de Rouxemil, onde já se explorou
chumbo, estanho e galena, adoeceu gravemente e
prometeu oferecer uma imagem da Senhora do Bom
Juízo se obtivesse melhoras. Melhorou e
mandou fazer a imagem, em madeira.
A freguesia celebra a Senhora de Conduzende e
a Senhora do Bom Juízo no segundo domingo
de Agosto, com procissão que transporta
as imagens das duas Senhoras e de S. Martinho.
Os festejos populares de S. João e S. Pedro
ainda não se extinguiram de lodo, no largo
da Capela, no lugar de S. Martinho, e no Rossio,
na sede da freguesia. Na Eira da Rua. em Adorigo,
ainda se fazem as populares cascatas.
No lugar de S. Martinho, onde se localizava o
forno comunitário, existe uma pedra de
armas, que o povo chama de "pedra de era",
no largo da Cruz, embutida na parede de um edifício
particular que serviu, antigamente, de escola.
Subsistem dúvidas sobre se se trata da
pedra de armas dos Cunha Coutinhos ou da família
Guimarães.
Antigamente, a freguesia comunicava com a margem
direita do Douro, através da barca de passagem
do Ferrão, em frente à Quinta de
S. Luís. Barca de passagem que desapareceu.
como praticamente todas as das proximidades (Covelinhas).
Adorigo sofreu de falta de água durante
a maior parte da sua existência como povoado
e a pequena nascente ia de Barcos, a cujo concelho
Adorigo pertenceu. Como recurso existe, tanto
na freguesia como em S. Martinho, fonte antiga.
O fontanário é de 1938.
Terra de emigração, mais para as
grandes cidades de Lisboa e Porto que para o estrangeiro,
pertencem a estes últimos as casas revestidas
de azulejo e com escadaria exterior de mármore,
a contrastar com o xisto duriense. No lugar de
Castelo, defronte a S. Martinho, estão
a crescer novas construções que
indiciam um novo povoamento.
A principal riqueza da freguesia encontra-se
na exploração da vinha que produz
vinho generoso e de mesa, de alta qualidade, e
azeite.
As principais quintas agrícolas sediadas
na área da freguesia são: a Quinta
de S. Luís; a Quinta do Vediedo; a Quinta
de Santo António: a Quinta do Espinho e
a Quinta da
Eufémia. |